Poluição do ar: o que é e quais as suas causas?

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Por conta da alta demanda tecnológica existente, nos dias atuais as formas de poluição são muito variadas. Seja a poluição do solo, da água ou do ar, os resíduos tóxicos estão mais presentes no cotidiano do que poderiam. Essa interferência humana, que gera incontáveis produtos nocivos, afeta diretamente o ecossistema do planeta Terra.

É preciso que essa seja uma questão levada em consideração pela sociedade para que seja possível pensar em possíveis soluções para o problema.

A questão mais urgente nos dias atuais passa por dimensionar todos os impactos que a produção desenfreada gera ao meio ambiente. É preciso que as pessoas levem em consideração que todos os produtos podem gerar um impacto ambiental, por menores que eles sejam.

Há pequenas medidas que podem auxiliar nessa questão, mas, de forma geral, são as grandes empresas as que mais poluem o meio ambiente. É preciso, da parte individual dos consumidores, observar quais são as chamadas empresas com responsabilidades ambientais, a fim de valorizar aquelas que possuem mais consciência em relação ao planeta.

O ritmo de vida que boa parte da população leva, sobretudo nos países desenvolvidos, de consumo e descarte imediatos, não é sustentável pelo planeta. O acúmulo da utilização de combustíveis fósseis, por exemplo, prejudica drasticamente a qualidade de vida das pessoas, visto que causa muita poluição na atmosfera.

Já é possível, em algumas cidades, perceber esses impactos com os próprios olhos, sem que haja a necessidade de utilização de grandes instrumentos capazes de medir os índices de poluição. As nuvens de fumaça que rodeiam os prédios nas grandes metrópoles mostram que, quanto maior for o ritmo de vida nas grandes cidades, menor será a qualidade do ar.

Perceber a fundo esse problema é fundamental para conseguir estabelecer medidas para evitá-lo, por isso esse texto busca aprofundar mais conceitos sobre o assunto e tentar refletir sobre medidas de minimização dos impactos.

O que é a poluição do ar

A poluição do ar acontece quando qualquer substância prejudicial à vida humana e ao meio ambiente é inserida no ar. Essas substâncias podem ser por meio de gases poluentes, líquidos ou mesmo partículas que são sólidas e prejudicam a atmosfera. Além disso, materiais biológicos e energia também se incluem na classe dos possíveis poluentes.

A poluição do ar é maior em grandes cidades afetadas pela atuação de indústrias, sobretudo indústrias que não possuem um compromisso ambiental adequado.

Causas da poluição do ar

A poluição do ar possui origens em fontes diferentes. Desde causas naturais, como por exemplo o metano, que é produzido na digestão de animais até mesmo a queima de combustíveis fósseis como o carvão e os derivados do petróleo.

Veja aqui tudo sobre o Gás Metano.

É importante perceber detalhadamente quais são os tipos de poluição do ar para que se consiga evitar as causas possíveis. É impossível zerar os números de poluição atmosférica, no entanto, com medidas adequadas, é possível reduzir significativamente os números atuais.

Os principais tipos de poluição do ar são:

  • A atividade de micróbios nos oceanos
  • Monóxido de carbono emitido nas queimadas
  • Metano que é emitido com a digestão dos animais
  • Fumaça emitida por fábricas
  • Queima de combustível por parte de veículos (ônibus, carros e caminhões)
  • Atividade mineradora

Consequências da poluição do ar

O problema da poluição gera consequências graves às pessoas, aos animais e ao meio ambiente, de uma forma geral.

Na saúde humana, por exemplo, a poluição do ar pode provocar irritação na garganta, no nariz e nos olhos, além de dificuldade para respirar. A poluição também é responsável por problemas respiratórios, de uma forma geral, e pelo agravamento de problemas cardiorrespiratórios. As pessoas que se submetem à poluição excessiva acabam por ter a capacidade pulmonar prejudicada, podendo estar mais suscetíveis ao desenvolvimento de alguns tipos de tumor, sobretudo porque o sistema imunológico fica prejudicado.

Em relação aos animais, a poluição pode prejudicar de forma grave o ecossistema em que eles vivem, contribuindo para que a cadeira alimentar seja prejudicada, por exemplo, visto que algumas espécies não conseguem sobreviver a ambientes excessivamente poluídos.

A poluição do ar também que consegue corromper as estruturas das plantas e demais vegetais, atrapalhando o desenvolvimento e a reprodução desses seres vivos, contribuindo para o prejuízo de toda a cadeia.

Há muitas cidades, por exemplo, onde a poluição do ar atingiu níveis tão gigantescos que as pessoas passaram a utilizar máscaras de proteção para conseguirem respirar. A qualidade de vida das pessoas expostas a essas medidas diminui significativamente, já que acabam tendo que adotar medidas duras.

Doenças causadas pela poluição do ar

A poluição do ar está intrinsecamente associada a uma diminuição de capacidade do sistema imunológico, sendo assim, pode proporcionar um ambiente mais propício para o desenvolvimento de muitas doenças, ainda que não seja a causa direta delas.

Outras doenças, no entanto, sobretudo do trato respiratório, estão diretamente associadas à poluição do ar, como por exemplo a bronquite, a asma e algumas alergias.

O tratamento para essas doenças pode e deve ser realizado, mas talvez as melhoras significativas só surjam a partir do convívio num ambiente com menores índices de poluição.

Como evitar a poluição do ar

Em relação à poluição por causas naturais, como por exemplo a digestão de animais, não há grandes soluções a serem colocadas em prática. Poderia ser minimizada se o consumo de carnes diminuísse e as pessoas passassem a adotar uma dieta com base vegetariana, por exemplo.

Já a poluição por causas nada naturais, provocadas pelo homem, como a queima de combustíveis fósseis nos veículos e fábricas, pode e deve ser evitada.

Alguns mecanismos eficazes para evitar a poluição envolvem medidas mais rigorosas no que diz respeito aos níveis de poluição permitidos para a queima de combustíveis dos carros e um investimento maior por parte das empresas para minimizarem os impactos ambientais produzidos.

Obviamente o transporte público acaba por contribuir significativamente para a diminuição da poluição. Não por ser menos poluente, mas por conseguir transportar mais pessoas e, consequentemente, produzir menos poluição.

A modernidade elétrica

Alguns países passaram a apostar na mobilidade elétrica e grandes empresas já têm produzido carros nesse ramo. Sobretudo nos EUA e em alguns países da Europa, esse tipo de veículo possui cada vez mais adeptos, principalmente por conta do preço dos combustíveis fósseis nesses países.

A grande questão que envolvia os carros elétricos até bem pouco tempo atrás estava relacionada com a autonomia de que eles dispunham, mas parece que esse problema começa a ser resolvido com a produção de carros com uma bateria capaz de suportar uma maior potência de energia, consequentemente possibilitando aos seus usuários percorrer distâncias maiores.

Nem toda a transição é fácil e, para que os cidadãos passassem a aderir aos carros elétricos ao invés dos carros tradicionais, alguns governos proporcionaram um ambiente com incentivos fiscais para a aquisição dos modelos que não poluíam.

Hoje em dia, a frota de carros chamados “verdes” (por não emitirem substâncias poluentes) cresce a cada dia mais e já conta com um imenso número de carregadores distribuídos pelos países. Já é possível, por exemplo, atravessar boa parte da Europa Continental num modelo elétrico, visto que há carregadores distribuídos de forma suficiente pelos países.

Essa pode ser uma boa solução para o problema da poluição, mas é preciso que os países invistam em incentivos para que os carros elétricos ganhem mais utilizadores. O maior problema que os atuais produtores de modelos elétricos encontram é em relação ao elevado custo das baterias dos carros. Se houver uma maior procura, talvez, em razão do número, consigam abaixar o preço de produção dos carros, atingindo mais pessoas.

Principais poluentes atmosféricos

Há vários poluentes que prejudicam a atmosfera, dentre os quais se destacam:

  • Enxofre
  • Sulfeto de Hidrogênio
  • Óxidos de nitrogênio
  • Amônia
  • Monóxido de carbono
  • Dióxido de carbono
  • Metano

Efeitos da poluição do ar

A poluição do ar possui efeitos delicados para a vida humana e para o meio ambiente. Por isso, é fundamental que seja um tema mais presente nas discussões e pautas políticas, visto que é fundamental que medidas sejam adotadas mais rapidamente.

O desequilíbrio de um ecossistema possui efeitos catastróficos a longo prazo, visto que é capaz de modificar até mesmo uma fauna presente em determinado lugar. O ciclo de vida animal pode se tornar profundamente ameaçado pela poluição do ar, visto que eles passam a sentir no próprio corpo o desequilíbrio causado pela poluição.

A chuva ácida, por exemplo, é um efeito secundário da poluição atmosférica. Ao contrário do que se imagina, no entanto, essa chuva não acontece diretamente nos locais em que a taxa de poluição é alta. Infelizmente, as partículas de poluição podem se acumular e viajar quilômetros de distância, fazendo com que a chuva caia em cidades que não apresentam índices graves de poluição.

Tendo isso em vista, o problema da poluição é mais sério e deve ser pensado de forma coletiva, pois os impactos da poluição ainda não são completamente dimensionados, podendo ultrapassar o que é esperado e fugindo do controle de determinada região. É, portanto, uma poluição que não encontra fronteiras.

Índice de qualidade do ar

O índice de qualidade do ar funciona como um importante parâmetro para averiguar e tentar minimizar os efeitos da poluição. Ele é responsável por medir os níveis de poluição em determinado ambiente e alertar a população de determinada região para que tentem minimizar as consequências provocadas pela má qualidade do ar.

Esses índices indicam a presença de substâncias tóxicas e servem, sobretudo, para alertar os grupos de risco e os possíveis grupos de risco sobre a necessidade de uma atitude imediata em locais em que a qualidade do ar não é adequada. Para pessoas que apresentam sensibilidade respiratória, os índices podem auxiliar na escolha de um local para residência e para que elas levem em conta a própria rotina que vivem, já que, nesses casos, os tratamentos não fazem efeito se as pessoas não melhorarem as condições de respiração.

Os parâmetros que o índice leva em consideração são muitos, de modo a conseguir estabelecer uma média do que é adequado à saúde humana. Para obter a média, o índice leva em consideração os seguintes pontos:

  • Partículas inaláveis;
  • Partículas inaláveis finas;
  • Fumaça;
  • Ozônio;
  • Monóxido de carbono;
  • Dióxido de nitrogênio;
  • Dióxido de enxofre.

Dependendo do índice obtido, a qualidade do ar é considerada boa, moderada, ruim, muito ruim e péssima. Quando a qualidade do ar é tida como boa, isso significa que os padrões estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde estão sendo seguidos.

As classificações de qualidade do ar estão ligadas a alguns sintomas relatados pela população.

Classificação Boa: nesta classificação, as pessoas não desenvolvem sintomas desagradáveis.

Classificação Moderada: nesta classificação, a população, de forma geral, não é afetada. No entanto, grupos de pessoas sensíveis, como crianças, pessoas com doenças cardiorrespiratórias e idosos, podem apresentar alguns sintomas desagradáveis, como cansaço exacerbado e tosse seca.

Classificação Ruim: quando o ar é classificado dessa forma, toda a população encontra-se sujeita a apresentar sintomas desagradáveis, como os já relatados tosse seca e cansaço, além de vermelhidão nos olhos e alergias. Infelizmente, neste caso, as pessoas que já eram sensíveis passam por problemas ainda mais sérios, podendo desenvolver doenças ainda mais graves do que as relatadas na classificação moderada.

Classificação Muito Ruim: por conta da gravidade desta situação, toda a população é capaz de apresentar sintomas ruins ainda mais graves. Além dos já relatados em outras categorias, podem apresentar também falta de ar e respiração ofegante. Os grupos sensíveis passam por mais dificuldades ainda quando a qualidade do ar se encontra neste nível, por isso a atenção por parte dos governos precisa ser alta.

Classificação Péssima: é a pior classificação possível. Neste caso, toda a população pode apresentar sintomas de doenças graves por parte respiratória e cardíaca, em casos que podem levar até mesmo os indivíduos à morte. Se os níveis chegarem a estes casos, a população deve se encontrar em alerta máximo para tentar minimizar ao máximo os impactos negativos que podem surgir.

Medidas adotadas por pessoas que pertencem aos grupos de riscos

Algumas medidas podem ser adotadas, sobretudo por pessoas pertencentes aos grupos de riscos, em relação à convivência num ambiente cuja qualidade do ar não é satisfatória. São elas:

  • Redução de esforços pesados em ambientes abertos;
  • Evitar a circulação por vias muito movimentadas;

Quanto menor a qualidade do ar, maior a necessidade de evitar os esforços e as vias movimentadas. Da mesma forma, as máscaras de prevenção podem ser utilizadas para tentar minimizar os impactos da poluição atmosférica no corpo. Mesmo assim, isso não significa que o problema será resolvido, pelo contrário, são apenas medidas paliativas a fim de evitar danos maiores.

Como reduzir a poluição atmosférica

A redução da poluição atmosférica, portanto, é um trabalho de longo prazo que deve ser pensado por todas as pessoas, sobretudo porque as poluições não obedecem às fronteiras. Mesmo aquelas pessoas que não se acham afetadas no momento podem pagar o preço da ignorância a longo prazo.

Cobrar das autoridades competentes soluções para a poluição do ar é essencial para garantir que os princípios da qualidade de vida sejam respeitados. Do contrário, a proliferação de doenças será cada vez maior e, consequentemente, a expectativa de vida da população.

É preciso ter em mente o custo de se viver neste planeta, de modo a incentivar cada vez mais medidas de preservação ao invés de práticas de consumo. A educação ambiental deve ser vista como uma disciplina séria e, preferencialmente, ensinada nas escolas para que as crianças cresçam com o aprendizado de práticas saudáveis. Somente assim conseguiremos minimizar os impactos que já estão se apresentando no planeta, tentando contribuir para que, no futuro, as coisas sejam melhores e o meio ambiente consiga sofrer menos por conta das ações humanas. Viver em harmonia, afinal, pode ser possível!